terça-feira, 13 de maio de 2008

Quebra-panela



Bystropogon maderensis Webb

A Quebra-panela vive em taludes rochosos com alguma humidade no interior da Laurissilva e faz parte dafamília das Lamiáceas, a mesma que integra a abrotona. Trata-se dum pequeno arbusto endémico da Madeira, com folhas persistentes e odoríferas. A infusão das folhas tem fama de funcionar como calmante e como tónico. As flores brotam em Junho e Julho, são pequenas, violáceas e muito pouco vistosas.

domingo, 11 de maio de 2008

Abrotona ou Erva-branca



Teucrium betonicum L'Hér


Os seus ramos branco-acizentados apesar de algo frágeis são lenhosos e em boa verdade não se trata duma erva mas sim dum pequeno arbusto, que raramente atinge os 2 metros de altura. As folhas de margens crenadas, são verde claras na pagina superior e quase brancas na pagina inferior. Este endemismo madeirense tem uma predilecção especial por solos rochosos e pouco húmidos, expondo os cachos de flores purpúreas durante o Verão. A infusão das folhas e das flores da Erva-branca é bebida como remédio tónico e estomacal.

sábado, 10 de maio de 2008

Figueira do Inferno ou Alindres



Euphorbia mellifera Aiton


É um arbustro grande ou pequena árvore, que habitualmente tem menos de 5 metros mas que nalguns ambientes de Laurissilva bem preservada chega a atingir 8 metros de altura. Endémica da Madeira e das Canárias, pertence à família das euforbiáceas e, como é comum nas plantas dessa família, quando molestada liberta uma seiva leitosa.
O caule é verde-acinzentado. As folhas lanceoladas e estreitas agrupam-se nas extremidades dos ramos formando rosetas donde emergem as inflorescências na Primavera e princípio do Verão. As flores são pouco atractivas à vista, mas exalam um agradável aroma a mel.

Hipericão ou Malfurada



Hypericum inodorum Mill.

É um arbusto de folhagem persistente que pode ser apreciado por quem percorre a levada dos Tornos ou a levada do Barreiro. As folhas ovadas, sésseis e opostas saão maiores que as das outras espécies do género Hypericum. A infusão das suas folhas é indicada para a cura de doenças nos rins e na bexiga. As flores grandes e amarelas contribuem bastante para que este endemismo canário-madeirense sobressaia no ambiente de verdes dos taludes húmidos onde habita.

quarta-feira, 7 de maio de 2008

Uveira de Serra


Vaccinium padifolium J. E. Sm. ex Rees

E uma das espécies dominantes da formação vegetal típica das maiores altitudes, sendo bastante frequente no Chão da Lagoa e no Pico do Melros. É uma excelente pioneira no repovoamento vegetal das terras escalvadas acima dos 1300 metros. Floresce no início do Verão e os frutos, maduros no princípio do Outono, são comestíveis e produzem uma excelente compota. Durante vários anos as uvas da serra foram exportadas para um laboratório farmacéutico francês para a produção de medicamentos oftálmicos.

Língua de Vaca, Leituga ou Serralha da Rocha



Sonchus fruticosus L. fil.



A maioria das Asteráceas são ervas e apenas nas regiões tropicais e subtropicais chegam a ser arbustos. Esta é a família que reúne mais espécies endémicas madeirenses e algumas delas têm porte arbustivo, como é o caso da Lingua de Vaca, também conhecida por Leituga ou por Serralha da Rocha, que atinge três metros de altura. Podemos encontrá-la desde as baixas altitudes até zonas para além dos 1000 metros, mas sempre em ambientes húmidos. Cobre-se de belas flores amarelas, que podem ser admiradas no Verão. As folhas são muito apreciadas pelo gado.

Massaroco do litoral


Echium nervosum Dryand


chega a atingir dois metros de altura e tem preferência por lugares soalheiros à beira mar. No Inverno e princípio da Primavera embeleza as arribas costeiras com cachos de flores azuis. O Massaroco é muito frequente e podemos considerá-lo uma das plantas mais representativas da vegetação xerófila do litoral.

As duas espécies do género Echium endémicas da Madeira têm porte arbustivo e são lenhosas, o que as distingue das suas congéneres europeias que são herbáceas.

Massaroco de zonas húmidas



Echium candicans L. fil..

Este Massaroco vive em altitudes para além dos 500 metros, com temperaturas mais baixas e maior humidade do que nas terras à beira mar. Bastante ramificado, atinge os 3 metros de altura e é muito vistoso quando está florido em Maio e Junho. As abelhas são frequentadoras assíduas das flores dos massarocos, que, para além para além de serem belas plantas ornamentais, são excelentes fornecedoras de matéria prima para o fabrico de mel. Mas nem só as abelhas procuram alimento nas flores dos massarocos. As borboletas não se cansam de fazer voos acrobáticos à procura do néctar.

As duas espécies do género Echium endémicas da Madeira têm porte arbustivo e são lenhosas, o que as distingue das suas congéneres europeias que são herbáceas.

Isoplexis




Isoplexis sceptrum(L. fil.)

Este lindo arbusto de flores alaranjadas, endémico da Madeira, só dá bem para cima dos 600 metros, em ambientes semi sombrios e com bastante humidade. Não se conhece nenhum nome popular para esta planta, mas atendendo a que as flores têm formas de dedais e como não existe em mais parte nenhum do Mundo, vamos passar a chamar-lhe a Dedaleira Madeirense.